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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A paixão pelo andaime


















Quando subo no andaime,
acho que acontece um tipo de mágica...
Foi assim desde a primeira vez e é sempre assim...
Bota um pincel na minha mão então...Hum!!!!Meu sorriso brota, nascem novas canções e inspirações!

Coisa boa é a gente fazer o que gosta né?
O mundo fica melhor!

Isso me lembra uma música do Chico Cézar:

"Vontade de viver mais, em paz com o mundo.."


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Relíquias - dicas para conservação



Muitas vezes convivemos com verdadeiras preciosidades sem nos darmos conta disso. Artefatos comuns ao nosso cotidiano passam despercebidos de seu valor histórico e por vezes até material.







Trazemos um conceito no qual as ‘Artes Maiores’, denominação que receberam a pintura e a escultura e as ‘Artes Menores’: a tapeçaria, estampa, porcelana, bordado, ourivesaria e outras técnicas decorativas, estão consequentemente e proporcionalmente numa escala hierárquica de valores diferenciados.

Esse conceito errôneo confunde a quem possui esses bens e não condiz com nossa realidade, onde diferentes formas de expressão são valorizadas.

Ao analisarmos um objeto, seja ele de função utilitária, decorativa ou artística, vários fatores devem ser considerados: o período ao qual pertencem, sua produção se em escala industrial ou artesanal e quantidade, procedência, autoria, a quem pertenceram, entre outras características.

Por esse prisma concluímos que um par de sapatos do século XVIII pode ter valor de venda e importância cultural maior que uma pintura à óleo. Mas, não é simples ou fácil esse tipo de análise, exige conhecimento e experiência.

O profissional capacitado para orientar a quem possui um bem com essas características se chama “expert” e a perícia realizada por ele “expertise”. Porém alguns leiloeiros e antiquários também costumam fazer esse tipo de avaliação. É relevante buscar um profissional de confiança e se possível mais de uma opinião.

Observe ao seu redor, atento a pequenas relíquias que podem estar bem próximas. Herdadas pela família, presenteadas pelos amigos ou adquiridas em feiras e lojas de antiguidades. Objetos, mesmo que simples como um perfumeiro em cima da cômoda, a única xícara que sobreviveu do jogo ou àquele móvel no canto da sala, todas merecem sua atenção. Portanto é importante lembrar que também podem estar ligadas à arquitetura de seu imóvel: em ladrilhos hidráulicos, azulejos, piso parquê, vitral, sancas e ornamentos.

Uma vez identificada sua preciosidade , que provavelmente possui também um valor estimativo, dê à ela o tratamento essencial a sua preservação:
Restauração, conservação e exposição correta.

· Restauração:

Quando o objeto se encontra danificado e apresenta perdas,
Sujidades e desgastes.
Uma vez executado o trabalho, basta ser feita uma boa
conservação e somente será necessária uma nova restauração,
caso ocorra algum tipo de dano ou ação do tempo.



· Conservação:
É um trabalho constante, primordialmente ligado a
higienização e imunização, para proteger o objeto do ataque
de térmitas e fungos.



· Exposição:
A ação do tempo é um fator de grande degradação das obras.
Fatores climáticos, a ação do sol ou a umidade, causam perdas
cromáticas e descolamento da pintura e do verniz, entre outros
danos. Por isso é importante conhecer o material do qual é
constituído o objeto, para que então seja feita a escolha
adequada do local de guarda ou forma expositiva.

O profissional que poderá lhe orientar e executar esses tratamentos é o restaurador.




Geralmente com formação em Belas Artes e experiência na área de preservação de bens móveis e/ou imóveis, ele poderá identificar até mesmo problemas que não apresentam evidências, como repinturas observadas através da luz ultra-violeta.

Busque sempre informações antes de se desfazer de algo, lembre-se de que o conhecimento é fator primordial de transformação, pois com ele passamos a compreender, valorizar e preservar nossa história que somente poderá ser vivenciada de forma completa através do contato com as criativas expressões artísticas do homem.





















Restauração de objetos de Arte

A restauração é um ofício que alia à arte a ciência. Exige conhecimento técnico, paciência e cuidados e não permite intervenções inadequadas que podem danificar de forma irreversível uma obra de arte ou objeto.

Todo tipo de dano possui tratamento, por essa razão, não se desfaça tão facilmente de um objeto quebrado, dependendo do valor estimativo e material, vale a pena restaurá-lo.



Exemplos de materiais e técnicas de restauro e instruções básicas de conservação:

O uso de panos umedecidos com água ou produtos de limpeza de uma forma geral podem causar danos. Evite dicas caseiras, como uso de vinagres, álcool e óleos.



Um instrumento que não deve faltar em sua casa é a trincha de pêlo macio (pincel largo), eficiente na remoção de poeira e sujidades e pode ser usada em praticamente todo tipo de material, somente não é recomendado quando ocorre o descolamento da pintura.


Evite sempre instrumentos e produtos abrasivos como palhas e escovas de aço.
O aspirador de pó pode ser um grande aliado, principalmente em forrações, porém é importante usa-lo com cuidado a fim de evitar arranhões nas peças de madeira.


· Porcelana, Cerâmica , Faiança

São comuns problemas como: quebras, fissuras e perdas. No caso das que recebem pintura: perdas e desgastes da camada pictórica e do vidrado.
O tratamento consiste na higienização da peça, colagem, reconstituição da forma, confecção de elementos faltantes, emassamento, nivelamento, reintegração cromática e aplicação de verniz protetor.
Para conservação e lavagem utiliza-se detergente neutro (adquirido em lojas especializadas em produtos químicos) diluído em água e esponjas macias.










. Tapeçaria , Tecido
Manchas, rasgos, perdas de fios e da trama, suporte fragilizado, por vezes o processo de degradação está tão avançado, que o proprietário pode imaginar não haver mais solução, porém o trabalho minucioso da restauração através de reposição de fios, tingimento, clareamento, troca de suporte, reforço da estrutura, retomam a leitura da peça.
A lavagem ,se feita de forma inadequada, poderá causar o encolhimento da peça.
Caso ocorra algum rasgo e a restauração não possa ser feita imediatamente, evite o uso de fitas adesivas e metais que poderão oxidar e enferrujar, dificultando futuramente a restauro.
Recolha a peça ou faça um pequeno reforço pela parte de trás com algodãozinho e pontos largos com agulha fina.


· Pintura

Pintura sobre tela, madeira, mural e outros suportes. Técnicas à óleo, têmpera, acrílica, encáustica, mistas.


A remoção do verniz e limpeza são feitos através de testes químicos e dependendo do tipo de obra exames laboratoriais.


O craquelê e o descolamento da pintura do suporte são os fatores que representam maior preocupação pois causam perdas que só poderão ser evitadas com a fixação da pintura, tão logo esses problemas se apresentem.




Na manutenção de pinturas é importante evitar o uso de água, composições químicas e aplicação de vernizes em spray encontrados nas papelarias e que prometem renovar a peça, trazendo brilho e proteção. A água pode causar descolamento da pintura em alguns casos, alguns produtos de limpeza contém hidróxido de amônia em proporções que desbotam os pigmentos, outros são oleosos e causam manchas e os vernizes fixam sujidades que deveriam ser removidas antecipadamente, além de alterar o aspecto de determinadas técnicas com um brilho excessivo.


















· Escultura

Diversos podem ser os materiais que constituem uma escultura: metal, pedra, resina entre outros.
Os procedimentos de restauro no caso de metais que precisem de fixação podem variar desde a colocação de pinos e colagem a soldagem da peça. Para confecção de elementos faltantes utiliza-se cargas e resinas epóxi.
No caso das pedras (mármores, granitos) existem técnicas e produtos que removem e protegem contra pichações. A limpeza deve ser feita com detergente neutro e água, podendo ser aplicado um verniz protetor para pedras. Pedras raras, não são substituídas e sim coladas e recompostas.



















.Técnicas sobre papel – Estampa
Aquarela, guache, nanquim, crayon, pastel, sépia, grafite, ecoline, lápis cera, lápis de cor, hidrográfica, gravura em metal, litografia, xilogravura, linoleogravura, serigrafia. Estas são algumas das técnicas empregadas sobre papel, umas de fácil identificação, outras somente com o auxílio de lentes de aumento.

Manchas e amarelados, geralmente ocasionados por umidades e fungos, quando submetidos a tratamentos químicos, dão bons resultados como o clareamento da obra.
Furos e perdas são preenchidos com polpa de celulose e rasgos são suturados com emendas de papel japonês.


· Mobiliário

O ataque de térmitas, a umidade ou exposição ao tempo são os piores inimigos da madeira. È importante o trabalho de prevenção, regular inspeção e aplicação de produtos para imunização, evitar respingos de água e pisos úmidos.
No caso de douramentos esses cuidados devem ser redobrados, principalmente com a proximidade com a maresia e umidade. Pode-se utilizar um pano limpo, levemente embebido em varsol para limpeza nesses materiais.














É importante lembrar que a função da restauração não é tornar o objeto novo e sim preservado, utilizando os meios necessários para manter suas características estéticas.

Uma boa restauração não falsifica ou cria elementos inexistentes à obra. Quando necessário, intervem de forma criteriosa, reversível e ética.

Despojado de vaidades e do desejo de empregar sua marca, preocupado em não interferir na criação do artista e sim retomar a leitura de uma obra, o restaurador cumpre sua função como um preservador de nossa história.

Os caminhos que o homem percorre, apesar de breves, deixam impressos seu eterno desejo de perpetuação.

As marcas do tempo são revelações que devemos respeitar e compreender, para enfim apreendermos a admirar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Marmorizados

















Em construções que possuem uma arquitetura antiga e valiosa a necessidade de conservação e restauração é tarefa constante e imprescindível para garantir a preservação desses bens que testemunham nossa história , cultura e tradição.



Um dos primeiros passos é o trabalho de pesquisa, levantamento histórico, testes e prospecções estratigráficas (aberturas feitas nas paredes, esquadrias, molduras e outros ornamentos aplicados a arquitetura, com a finalidade de revelar a pintura original e outras e descobrir detalhes como por exemplo o período em que foram executadas). Através desses trabalhos conseguimos resgatar cores, pinturas, douramentos e outros acabamentos artísticos que por vezes se encontram escondidos sob várias camadas de tinta.




Após a confirmação da existência de uma pintura original que apresente um estado de conservação razoável, que justifique sua recuperação, a próxima etapa é a decapagem (remoção mecânica ou química das camadas de tinta não originais geralmente feitas com uso de soprador térmico e bisturi cirúrgico), limpeza, fixação, emassamento, nivelamento, reintegração cromática e aplicação de verniz final.


Em alguns dos nossos prédios tombados, em todos os estados brasileiros, encontramos exemplares de uma técnica muito utilizada no século XIX e início do século XX, como alternativa mais simples e de menos custo para substituir mármores raros. Trata-se da “pintura marmorizada” ou “faux marble”. Usa-se a expressão francesa “Trompe L’Oeill” que significa “enganar os olhos”, para designar todo tipo de pintura ilusionista, e a imitação de mármore se inclui nessa categoria.

Na cidade do Rio de Janeiro, podemos citar alguns locais onde esta técnica pode ser apreciada, pois já foram devidamente restaurados. Os prédios do Museu da República, Clube Naval, Museu de Belas Artes, Supremo Tribunal de Justiça, a Biblioteca Nacional, entre outros.

Na Europa são tantos os palácios, museus e construções de uso público ou particular que poderiam ser citados como exemplo, que seria difícil enumerá-las. Na Itália, especialmente, a marmorização tomou grande vulto. O Palazzo Spinelli promove cursos de especialização de pintura marmorizada e escaiola (técnica de marmorização feita com a pigmentação na própria massa) Dali saíram vários profissionais , que executam com maestria esse ofício.
















É interessante observar que, ao despertar a atenção das pessoas para a beleza dessas técnicas antigas e ofícios já quase esquecidos, obtém-se como resultado uma preocupação coletiva com a preservação do nosso patrimônio. Isso é muito positivo, pois a responsabilidade cabe a todos nós.
O vandalismo e o descaso são grandes fatores de degradação das obras de arte.



A sua preservação, seja ela de função artística ou utilitária, é um trabalho inesgotável e gratificante.
Inesgotável, visto que a restauração deve ser sempre acompanhada pela conservação constante. Gratificante, pois, ao restaurar, contribuímos para o resgate da memória da nossa história e cultura, e de uma certa forma para o sonho de eternidade que todo ser humano acalenta.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sala de Jantar - a natureza é a inspiração







A escolha de um tema e suas tonalidades deve levar em conta o ambiente onde será aplicada.


Numa cozinha ou sala de jantar por exemplo as cores refletem nos pratos e influenciam estimulando ou não o apetite.


Esta Pintura mural é uma cópia de um papel de parede de uma fazenda antiga.